Antes de
tudo, é preciso entender por que a cor do sabonete não é transferida para a
espuma. O sabonete e o detergente, quando concentrados, são coloridos devido à
presença de corantes. Para fazer espuma, misturamos o produto concentrado a uma
quantidade proporcionalmente muito maior de algum solvente (em geral, água
limpa). O resultado é que, nas finas e transparentes paredes de uma bolha de
sabão, a presença de corantes é mínima e, portanto, imperceptível aos nossos
olhos.
Mas se as
paredes de uma bolha são praticamente incolores, porque a espuma - um amontoado
de bolhas - é branca e não transparente? A resposta está na forma como nossos
olhos enxergam as cores. Quando a luz incide sobre uma bolha, ocorrem dois
fenômenos ópticos: a refração e a reflexão. Na refração, uma mudança de
velocidade dos raios de luz que atravessam a bolha faz com que a luz branca (a
do Sol, no caso) se separe em várias cores. O fenômeno fica mais evidente
quando olhamos mais detidamente para uma grande bolha de sabão e vemos aquelas
manchas coloridas. Uma pequena parte de luz incidente é refletida e, portanto,
não muda de cor (no caso de a fonte ser a luz do Sol, continua branca).
Na
espuma, esses dois fenômenos ópticos ocorrem simultaneamente em todas as
minúsculas bolhas que a formam. Na nossa retina, camada sensível no fundo do
globo ocular, células chamadas cones, sensíveis às cores vermelha, verde e azul
(as cores aditivas primárias), informam ao nervo ótico a cor que está sendo
vista. Quando as três cores chegam à retina ao mesmo tempo (como no caso da
espuma), o que se vê é o branco.
Uma experiência simples comprova esse efeito: observe com uma lente de aumento uma área da tela do monitor do seu computador que tenha a cor branca. Você observará que há nela pontos muito pequenos com essas mesmas três cores sendo emitidas ao mesmo tempo
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/espuma-sabonete-detergente-coloridos-branca-476497.shtml
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