A realidade é mais estranha do que a ficção. A frase, apesar de gasta,
ainda representa a verdade sobre fenômenos muito curiosos, que acontecem
o tempo todo em nossas vidas ou na natureza. Muitas vezes, estamos
ocupados demais para perceber ou dedicar a devida atenção a essas
ocorrências. Mas há também aqueles que preferem não saber como algumas
“mágicas” funcionam.
Em 1666, quando Newton explicou como era possível que o arco-íris
existisse e por que tantas cores se mostravam no céu, muitos o acusaram
de acabar com a poesia do fenômeno, alegando que o cientista havia
reduzido aquele espetáculo natural a uma mera questão de física.
Por outro lado, há também os que acreditam que uma explicação científica
torna algo muito mais atraente.
O deleite dessas pessoas vai muito além da contemplação de um fenômeno natural: é necessário entendê-lo e saber por que ele ocorre. Como nerds, geeks e viciados em tecnologia tendem a ser mais curiosos e a terem um apreço maior pela ciência, preparamos para nossos leitores esta lista de fenômenos curiosos e suas explicações. Confira!
O deleite dessas pessoas vai muito além da contemplação de um fenômeno natural: é necessário entendê-lo e saber por que ele ocorre. Como nerds, geeks e viciados em tecnologia tendem a ser mais curiosos e a terem um apreço maior pela ciência, preparamos para nossos leitores esta lista de fenômenos curiosos e suas explicações. Confira!
Está chovendo sapos e peixes!
Ventos fortes podem causar chuvas de sapos e peixes Por mais incrível
que pareça, é possível que pequenos animais ou objetos caiam do céu
durante uma chuva ou tempestade. Há diversos registros desse tipo de
fenômeno, incluindo alguns muito antigos. Mas é claro que não é uma
chuva de verdade. Peixes e sapos não podem evaporar para depois caírem
sobre nós. Há uma explicação bem mais plausível.
Parece ser consenso entre os cientistas de que as trombas-d’água são as
principais causadoras desse fenômeno. Esses tornados, que se formam em
terra e avançam sobre o mar, possuem ventos que chegam a 160 km/h. O
centro dessas trombas torna-se forte o suficiente para sugar não apenas
ar e água, mas também pequenos animais e objetos.
Assim, quando os ventos começam a perder a força, esses corpos tendem a
cair do céu.
Mas essa não é a única causa. De acordo com as condições climáticas de
uma região, o ar pode se movimentar no eixo vertical e, dessa forma,
também carregar pequenos animais para as alturas. Essa, provavelmente,
foi a causa da chuva de sapos que ocorreu em Iowa, Estados Unidos, no
dia 16 de junho de 1882.
E não pense que esse tipo de fenômeno é coisa de tempos antigos. Em
fevereiro de 2010, centenas de peixes caíram sobre a pequena cidade de
Lajamanu, na Austrália. De acordo com relatos coletados pelo jornal The
Daily Mail, os animais ainda estavam vivos quando atingiram o solo e
houve até quem agradecesse à natureza por não ter despejado crocodilos
em suas cabeças.
Pimenta faz espirrar
A cena é clássica, principalmente em desenhos animados: o personagem
aspira ou entra em contato com um pouco de pimenta em pó e, logo em
seguida, começa a espirrar. Mas isso também acontece na vida real.
As pimentas, sejam brancas, pretas ou verdes, possuem uma substância
química conhecida como piperina. Ao entrar em contato com o nariz, a
piperina estimula as terminações nervosas da mucosa interna, causando
espirros. É como se o nariz quisesse, de alguma forma, expulsar aquele
reagente estranho e, para ele, a única forma de fazer isso é nos fazendo
espirrar.
Cereais unidos serão sempre comidos
Quem costuma comer cereais com leite já deve ter percebido que eles
possuem a tendência de se agrupar entre si ou se acumular nas bordas da
tigela. Esse fenômeno também pode ser percebido em outros casos, como as
pequenas bolhas na superfície de um copo com refrigerante. Mas para
entender por que isso ocorre, é necessário, antes, compreender três
noções básicas de física: impulsão, tensão superficial e efeito menisco.
A impulsão é a força que determina se um objeto na água ou no ar deve
flutuar, afundar ou permanecer parado.
Nessa situação, as moléculas da
superfície estão sujeitas a forças diferentes e acabam formando uma
curva que os cientistas chamam de menisco.
Essa curva pode ser tanto para cima (convexa) quanto para baixo
(côncava). No caso do nosso copo-d’água, a curvatura é côncava, ou seja,
ela se assemelha à forma de uma pista de skate (halfpipe).
Enquanto isso, na tigela de cereais...
Com esses conceitos em mente, fica mais fácil entender o que acontece na
tigela de cereais. Um floco de cereal faz com que o leite abaixo dele
se curve, criando uma pequena depressão na superfície do líquido.
FONTE: http://www.tecmundo.com.br/ciencia/
Quando um segundo floco é colocado na tigela, cria-se outra depressão e,
à medida que esses dois flocos se aproximam, eles “caem” um na
depressão do outro, como se estivessem sendo empurrados em direções
opostas. Esse fato é conhecido como Efeito Cheerios, batizado dessa
forma por causa de uma famosa marca de cereal matinal.
Os flocos que se aproximam da borda da tigela flutuam na inclinação da
curva do menisco, fazendo com que pareçam atraídos pela borda. Em ambos
os casos, o que define o movimento dos cereais é a geometria da
superfície do leite.
O som do trovão
O raio leva apenas alguns milionésimos de segundos para percorrer o
trajeto do céu à copa de uma árvore ou ao telhado de uma casa. Em
seguida, ouvimos um barulho estrondoso, que muitas vezes dizemos ter
sido causado pelo próprio raio. Mas há uma explicação mais precisa para
isso.
Quando um raio alcança o solo, uma segunda descarga elétrica sobe do
chão até as nuvens, seguindo o mesmo caminho que a energia usou para
descer.
O calor gerado por esse segundo raio faz com que o ar ao seu redor
chegue a uma temperatura de até 27 mil °C. E como tudo acontece muito
rápido, o ar não tem tempo de se expandir e acaba se condensando,
aumentando sua pressão atmosférica em cerca de 10 a 100 vezes. Esse ar,
então, acaba “explodindo” e criando uma onda de choque. É essa rápida
expansão do ar que causa o barulho que ouvimos.
Aliás, sabia que você pode estimar a distância a que um raio caiu de
você? É muito simples. Ao perceber o clarão de um relâmpago, conte
quantos segundos se passam antes de você ouvir o trovão. Cada segundo
passado representa cerca de 300 metros. Depois, basta fazer a conta,
multiplicando os dois valores.
Cores no céu
Poucos fenômenos naturais chamam tanta a atenção quanto o arco-íris.
Algumas variações, como o arco-íris duplo, chegam até mesmo a comover
pessoas ao redor do mundo. Como ser não bastasse, a explicação para esse
fenômeno natural está em uma das capas de discos mais famosas do mundo:
“The Dark Side of The Moon”, da banda inglesa de rock progressivo Pink
Floyd.
Para quem não conhece, a capa mostra um prisma, ou seja, um poliedro de
vidro capaz de refratar a luz do sol, isto é, separá-la nos diversos
espectros que a compõem. E as gotas de chuva, em um dia ensolarado,
funcionam da mesma forma, como se fossem pequenos prismas. São as
partículas de umidade da atmosfera que refratam a luz solar e deixam o
céu mais colorido.
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FONTE: http://www.tecmundo.com.br/ciencia/
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