Comer é algo que fazemos instintivamente e normalmente não procuramos
entender as nossas motivações. Sabemos que comemos porque sentimos fome,
mas essa resposta é insuficiente para entendermos os mecanismos através
dos quais o nosso corpo responde à fome.
De maneira básica, nos alimentamos por que temos necessidades de
fornecer energia para o corpo. Em relação ao cérebro, por exemplo, basta
alguns minutos sem o suprimento adequado para que se perca a
consciência. Esse quadro, se prolongado, pode levar o indivíduo à morte.
Desta forma, a razão mais básica pela qual comemos é a manutenção das
reservas energéticas em um nível que assegure o abastecimento dos órgãos
– em última análise, a manutenção da própria vida.
As reservas energéticas corporais são repostas durante e imediatamente
após o consumo de uma refeição. No decorrer desse período a energia é
armazenada no fígado e músculo (forma de glicogênio) e no tecido
adiposo, gordura (na forma de triglicerois). As células adiposas
apresentam uma capacidade ilimitada de armazenamento.
No período sem alimentação (jejum), geralmente entre as refeições, as
reservas energéticas são quebradas para fornecer ao corpo um combustível
contínuo para as células. Como conseqüência as quantidades de
glicogênio (presentes nos músculos e fígado) e o volume de gordura
diminuem. Há um balanço adequado desse sistema quando as reservas são
respostas na mesma taxa média em que são gastas. Se a ingestão e o
armazenamento de energia forem maiores que a utilização, a quantidade de
gordura corporal aumenta e, como conseqüência, há um ganho de peso e,
em alguns casos, o desenvolvimento de um quadro de obesidade. Se a
ingestão de energia não atender às exigências do organismo, há perda de
tecido adiposo, o que pode levar o indivíduo a apresentar um quadro de
inanição, marcado pela fraqueza e apatia.
Para manter o sistema balanceado, deve haver meios de regular o
comportamento alimentar, baseados na reservas energéticas e sua
velocidade de reposição. O organismo já tem um poderoso mecanismo para a
manutenção de uma faixa de peso. Ele meche na frequência com que se
come, quantidade (volume) e tempo de duração.
Fonte: http://nutrimos.wordpress.com/2010/04/06/comportamento-alimentar/
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