O processo - que, além de aperfeiçoar o formato do diamante, serve para
poli-lo - é feito de maneira artesanal. A qualidade da lapidação não
apenas é fundamental para determinar o valor de uma jóia, como dá brilho
e beleza à pedra.
Como o diamante é o material mais duro que se conhece na natureza,
lapidá-lo não é moleza - sem contar o alto risco de estragar a caríssima
pedra. "Quase sempre os lapidários a quem se confiam pedras maiores têm
mais de 50 anos de idade. Isso porque leva muito tempo para aprender
todos os macetes do processo", afirma o lapidário Renato Santos,
presidente da Brasil Comércio de Diamantes.
Há duas formas de cortar o diamante bruto: na clivagem, o método mais
comum, o diamante é partido com um rápido golpe. Em algumas pedras,
porém, essa técnica não funciona. Usa-se, então, a serragem, processo
longo e tedioso, feito com uma serra elétrica rotatória ou, mais
recentemente, com raios laser.
Depois do corte, vem a etapa do bloqueamento, em que o diamante é
raspado em outro até que se aproxime do formato desejado. As facetas
(como são chamadas as várias pequenas faces de um diamante) são feitas
na etapa seguinte, chamada de abrilhantamento. A pedra é encaixada na
ponta de uma vareta chamada dop e pressionada contra um disco giratório
forrado de pó de diamante. O processo lembra um pouco o de uma agulha
riscando um disco de vinil na vitrola.
Em geral, os brilhantes pequenos são lapidados em um único dia. Já nas
pedras grandes (acima de 20 gramas) esse trabalho pode levar até mais de
um ano!
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-sao-lapidados-os-diamantes
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