Um lago rodeado de palmeiras no meio do deserto. Isso é o que se chama
de oásis. Ou melhor, seria um oásis, se não fosse apenas uma miragem. É sempre
assim que acontece nos desenhos animados: o viajante cansado e com sede corre
em direção àquele oásis tropical e somente quando está prestes a mergulhar é
que o lago, junto com todas as palmeiras, desaparece.
É verdade que esse tipo de miragem é apenas ficção, mas as miragens
realmente existem e podem fazer parecer que há água onde não tem. Ao contrário
do que acreditam muitas pessoas, as miragens não são uma alucinação provocada
pelo forte calor. Elas são um fenômeno óptico real que ocorre na atmosfera e
que pode inclusive ser fotografado.
Você também não precisa estar num deserto para ver uma miragem. Elas
acontecem com uma certa frequência, por exemplo, em grandes rodovias em dias de
calor intenso. De longe, você vê a imagem de um veículo que parece refletido no
asfalto da estrada, dando a nítida impressão de que o asfalto está molhado e que
o veículo foi refletido por uma poça d’água. Mas, conforme você se aproxima,
percebe que a rodovia está completamente seca.
O termo miragem tem origem na expressão francesa se mirer que significa mirar-se, ver-se no espelho. As miragens se formam a partir de um fenômeno chamado pelos físicos de refração – que nada mais é do que o desvio dos raios de luz.
Devido ao calor intenso, forma-se uma camada de ar quente junto ao solo. E esse ar é menos denso do que o ar da camada situada imediatamente acima, mais frio. Como os raios de luz se propagam mais rápido no ar quente, eles encurvam-se para cima. Mas, como o nosso cérebro interpreta que a luz percorreu um caminho retilíneo, o que nós vemos é a imagem do objeto, que pode ser uma palmeira, por exemplo, invertida, como se estivesse refletida em poças de água sobre a estrada, ou um lago no deserto. A água é ilusória, mas a palmeira e sua imagem são reais (veja a figura abaixo). Esse tipo de miragem é chamado de miragem inferior.
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